11º Artigo - Diagrama de Causa e Efeito

04/08/2011 18:50

                Muito conhecido como Diagrama Espinha de Peixe, ou Diagrama de Ishikawa (nome de seu criador), é uma ótima ferramenta para diagnosticar a causa raiz de problemas reais ou potenciais.

                 Primeiro observa-se o problema. Depois relaciona-se as causas conforme os 6 M’s: mão-de-obra, máquina, método, matéria-prima, medição, meio ambiente. A princípio, o Diagrama nasceu com 4 M’s (os quatro primeiros apresentados), depois desdobrou-se os outros dois (meio ambiente e medição). Muitos ainda entendem que esses dois fazem parte do método. Particularmente eu prefiro separá-los, pois assim podemos trabalhar melhor cada etapa.

                Vamos a um problema prático do nosso dia-a-dia para enxergarmos como funciona este método. Supondo que nosso problema seja: fazer um bolo (exemplo clássico para exemplificar o diagrama espinha de peixe, por ser bastante didático).

                Problema: fazer um bolo de chocolate.

                Método: é a receita do bolo. Bata bem todos os ingredientes da massa no liquidificador https://ads1.cybercook.com.br/RealMedia/ads/Creatives/default/empty.gif. Coloque em uma fôrma redonda, untada com manteiga e polvilhada com farinha de trigo. Asse por cerca de 40 minutos em forno médio (180ºC), pré-aquecido.

                Matéria-prima: ingredientes do bolo. 1 xícara (chá) de leite morno, 3   ovos, 4 colheres (sopa) de margarina derretida, 2 xícaras (chá) de açúcar, 1 xícara (chá) de chocolate em pó, 2 xícaras (chá) de farinha de trigo, 1 colher (sopa) de fermento químico.

                Máquina: equipamentos e utilidades a serem usados. Forno, liquidificador, energia elétrica, gás, fôrma, balcão de apoio, etc...

                Mão-de-obra: pessoa habilitada a confeccionar o bolo. A pessoa tem que saber usaro liquidificador e o forno. Mesmo a receita sendo simples, não podemos deixar uma criança de 5 anos fazê-la. O ideal é uma pessoa responsável, que já tenha manipulado estes equipamentos antes, e que é treinada para tal.

                Medição: equipamento e instrumentos de medição. Termômetro para verificar a temperatura do forno. Bolômetro para verificar quando o bolo está pronto. Relógio para cronometrar o tempo. Brincadeiras a parte, o que se usa de instrumento de medição quando se faz um bolo? Um pauzinho para furá-lo e ver se já está pronto.

                Meio-ambiente: são as condições (muitas vezes meteorológicas) onde será realizada a confecção do bolo.

                Então você vai lá e segue esta receita e o bolo queima. Problema: o bolo está queimando, não sai do jeito esperado. Vamos então entender como funciona o Diagrama de Causa e Efeito.

                Método – será que o tempo previsto no forno não está muito grande (40 minutos)? Será que 35 minutos o bolo queimaria? Será que o forno a 180º não está muito quente? Será que a 170º não seria melhor? Será que não é melhor usar uma forma quadrada ao invés de uma redonda?

                Matéria-Prima – será que algum ingrediente não está interferindo no fato do bolo queimar? A farinha, o leite?

                Máquina – será que o forno não está aquecendo demais? Será que o liquidificador está misturando bem os ingredientes?

                Mão-de-obra – será que a pessoa sabe usar o forno? O liquidificador? Será que está fazendo a receita certinha? Será que está deixando os 40 minutos mesmo, ou está deixando mais?

                Medição – Será que confiar no botão da temperatura é o ideal? Não seria necessário aferir a temperatura do forno? Calibrá-lo?

                Meio-Ambiente – Será que fazer o bolo no calor e no frio não dá diferença? No tempo mais seco, mais úmido? Será que o método (tempo e temperatura de forno principalmente) não está ligado a temperatura ambiente?

Enfim, é assim que usamos o diagrama de causa e efeito. Tentando buscar a causa-raiz de um problema analisando todos os aspectos que envolvem o processo. No geral, este diagrama é muito útil, na solução de todos os problemas que enfrentamos no dia-a-dia das empresas.

                Muitas vezes precisamos desdobrar o diagrama para chegar mais perto da causa raiz do problema. As vezes enfrentamos problemas muito complexo, que precisamos unir outras ferramentas junto com este diagrama. Mas em outra oportunidade trataremos disso...